27 de dezembro de 2012

Coisisses


E quando as coisisses entraram em cena
Titubeando entre a verdade e o palco
O roteiro escrito já nem fazia sentido
Seus dilemas e figurinos, estáticos e frios, lá ficaram.

Delas ainda me lembro... Infindos dias e diálogos
Mas já nem mais de mãos dadas caminho
Lá mesmo, no palco, adormeceram junto à platéia
Seus monólogos, agora tão enfadonhos, são apenas ecos.

Agora, no parque, vendo o balançar das cores por entre raios de sol
Apenas oferto um sorriso aos ventos que me beijam
Agarro a sua imagem junto ao meu peito – coração que canta
Impresso em meus dias seu dançar, tão solto, livre e alado.




24 de dezembro de 2012

Pego as rosas


Não em fabricar dias de céu nublado ou temporais reside meus ais.

Do contrário, exalam todo e cada sorriso, gritam as alegrias daquele beijo, e passeiam por entre espinhos apenas colhendo as rosas.

Regaria eu as águas com mais água? Sensatez? 
Mas não quero que se acabe e com mais amor presenteio o tal amor.





Eu mesmo

 

Sabe como é tocar na cicatriz de uma ferida que fez um reboliço com toda sua estrutura, mudou seu agora e todo o amanhã? Pois é, isso que acabei de fazer. Não propositalmente, mas surge aquele instante em que o filme acaba e você percebe que a ligação com a sua história é muito maior do que simples analogias.
Perceber que você entregou seus sonhos, sua vida, suas expectativas, seu tudo, não a uma mentira, mas àquilo que era a sua verdade, e se dar conta que a sua verdade era a maior mentira de todas é frustrante, cruel. Aceitar que errou é uma coisa, perceber que nem viveu é outra completamente diferente.
Alguém que ama, no verdadeiro e único significado da palavra, é capaz de desistir e abandonar? E se aquele que era o chefe deixa o barco afundar e, mesmo com o poder nas mãos, nada faz... Esse é o comandante?
Amar não tem nada haver com não brigar, não ficar com raiva, nervoso, ou não gostar de determinadas manias da outra pessoa. Mas diz respeito ao fato de saber que mesmo depois de todas essas coisas você não desistirá e quem está ao seu lado certamente fará o mesmo.


Faça sua escolha.


1 de dezembro de 2012

Always

   Caminhos distantes se achegaram às minhas imagens 
e por apenas um instante percorri cada canto de um mundo novo, mas familiar e tão meu.

   O som da brisa que passava por entre os caracóis dos 
meus cabelos, beijavam meu rosto, 
e me envolviam em uma dança suave e nossa... 
pude tocar em tuas mãos e num breve olhar me ter ao teu lado.

   Capaz seria que esse filme em todas suas teias e balanços cercasse de verdade aquele instante eternizado 
em minha mente e coração?

   Abro os olhos e ainda estou aqui, sentada em frente ao espelho. Posso ver teu rosto ao lado do meu. Always...