23 de setembro de 2018

Orvalho... é manhã

Notícias da ausência tua nos meus dias transitaram pelas paredes rotas dos mausoléus
Palavras espaças encobriam as frieza de estar sem a presença de teus olhos nos meus jardins
Mares inquietos e tempestuosos abrigaram as lembranças dos momentos em que teu sorriso brindava à noite e aos abraços nossos

Fecho os olhos e retorno à dança daquela noite... tuas nãos tocaram as águas com sutil desvelo
Retalhos delicadamente desenhados em folhas d’ouro e papiro; perfume das estações em que nossas almas foram pérola
Uma travessia pelo mundo regada a porões, valsas, estrelas cadentes, lágrimas e chuva temporã

Abro os olhos e uma página em branco, marcada por febris respingos
Orvalho... é manhã.


By me @sarahagsilva

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