15 de julho de 2016

Selo


Os instantes seguintes vieram seguidos de perfume de bem querer
Toda incerteza ganhou novo colorido e a mim soou como timbre de flor
Sinfônica dança que nas palavras repousou e em selo se fez.

Agora meu coração tem o tom da tua voz a soar – tilinta em versos
Chão de madeira e sinete sabor de manga; foi-se a agonia da espera...

A música, nova, é contemplação e brisa nos quartos e salas – flores no quintal.





Manhã


Centelha de vida invadiu o vazio de um quarto sem cor,
Passarela de fotografias rotas e canções silenciosas,
E pintou de poesia os versos abandonados ao caos - guerra.

Sorrateiramente a bruma leve se achegou, um sorriso,
Pétalas cor d'uma tarde de outono cobriram os espaços
Inertes há séculos, prisioneiros do branco reinante - nada.

Pouco a pouco os feixes de luz se fizeram estrela e céu,
Numa chuva de castelos sabor romã e flores maduras - primavera.
Singelezas tornaram o gris em doce expressão da harmonia do nós.

Agora somos, num universo antes infindo, a eternidade,
Trazida pelas mãos do orvalho, que veste as manhãs em seda e mel;
E em sentir o toque do hoje é tecida a paixão - vida - oceano.