25 de dezembro de 2016

Talvez


Perto...

E aos que se aproximam apenas uma silenciosa inquietação
Falácias e sons se perdem pelos becos e caminhos
A infinitude de corpos que caminham, vazios, aflorados em dor

No perceber de dias que passam sem algum olhar
Solitária espera arrasta os corações ao gélido instante do desencontro
Corpos que caminham, finitos, cheios do só, de pó [poupe-me da sua dó]

Perto, mas ainda distanciados por etiquetas, diplomas e máscaras
Atirados, todos, à mesma arena... faíscas caem e ferem a terra
Apenas um choro, vivo, quente, pulsante, dança dentro d'uma lágrima

Talvez um dia
Talvez amor
Talvez


Foto por Sarah Silva em @umacartaumavida

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