1 de outubro de 2016

Filha




Ao teu Amor eu canto canções tecidas em tempos de dor e de aconchegos

Onde filetes de esperança pairavam sobre lágrimas navegantes em tormenta

E negro céu escondia o brilho de estrelas dadoras de paz e favos de mel...




Mas no pertencimento de meu coração aos Teus braços a plenitude de uma certeza;

Meu peito reconheceu o pulsar de Tuas palavras como que numa sinfonia

E somente me rendi à esfuziante dança desconhecida e tão familiar – sou filha.
Amou de tal maneira!


Meu Amor


Nem um dia esteve a tua música, da minha pele, distante
Nem um dia da vida minha teu coração não foi o dunga reinante
Nem um dia os dizeres forjados adormeceram no instante.

Em cada verso a inteireza de um coração amante e que pulsa
Em cada verso raios de luz nascidos do sorriso que ao sol beija -  tu'alma usa
Em cada verso o aconchego da mão que afaga a pele e ao caos recusa.

Deixaria eu o tempero dos teus ais e a doçura de tua boca?
Deixaria os singelos desvelos de rosas e timbres, pedras da oca?
Deixaria o hoje ávido por vida e adormecido - louca?

Nem um dia, em cada verso, deixaria...
Meu amor.