Ainda consigo perceber o calor da tua presença em meu cruzeiro;
Infinda sensação de vazio e torpor anestesiam meus olhos...
O choro da noite passada que em rios transformou meu peito
Somente anuncia que no agora tuas mãos já não mais abraçam - frio.
Dias envoltos em palavras rotas pela paixão se deitaram, adormeceram
Fez-se a noite em estrelas desenhadas por sonhos e canções de ninar
E num devaneio cobriu o jardim - lençóis brancos e algumas pétalas de rosa
O silêncio, em pequenos passos, conheceu os cantos, o quarto, a cama...
Vivificar tal coração que ama seria teu anelo, mas perdeu-se noutros compassos
Timbres distantes tomaram teu colorido; teias de desvelo restaram - fotografia
Solitária verdade abre a porta, talvez ecos em brisa devolvam o perfume
E o doce sabor de café e canela que em mel veste meu presente com sorriso.