28 de fevereiro de 2014

Tarde


Insólitas palavras adornaram de guerra e paz meu peito
Longínquas falácias adentraram por entre as frestas
E em desmazelo feneceu a cor dos olhares voltos a mim


A dança das vozes ecoou no vibrar das cinzas
Mármore e linho fino banharam os serenos lábios famintos
Fendas e um bordado barroco cintilaram os ventos


Tal existência, em vida, roubaria o medo e a tirania?
Tranças tecidas pelas doces mãos de um gigante adormecido?
Ou desvelo daquele que roubou o brilho do luar – cais?

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22 de fevereiro de 2014

#Change

Já parou pra pensar que apenas um olhar, um sorriso, um segundo a mais, um abraço, aquela palavra, um instante de calma... e esse tal jeito de viver a vida sem plantar medos e colher traumas... sim, uma vida vivida, sonhada, realizada... é possível!

Algumas conversas capazes de despertar o instinto de sobrevivência que antes adormecia em meu peito, e algumas fotografias de quadros que eu mesmo pintei, tornaram tudo mais claro, e uma vontade louca de experimentar e deixar para trás a quietude de saber invadiu o mar dos meus olhos e as páginas do meu coração.

Afinal... é plausível a mudança de hábitos e postura que nos foi dada como herança, talvez pérfida? Alguém do outro lado já imaginou que a calma, de onde ela vem, apenas nos sorri e acena com carinho deixando transparecer uma realidade que se esconde por debaixo dos lençóis que ganhamos ao nascer?
Então... fora às vendas, fogo nos lençóis, um tapa na cara dos medos...


Viva tudo que há pra viver!



Foto: Sarah A. G. da Silva

2 de fevereiro de 2014

Uma viagem

Sim, algumas coisas realmente nos intrigam, nos fazem pensar sobre como estamos levando a vida, como poderíamos dar um basta em tantas dúvidas, ou apenas simplificar as neuroses e viver de maneira serena...

Essa é uma possibilidade factível? Realmente podemos rumar nossos dias para caminhos tranquilos, ainda que em meio a tempestades e faíscas?

Em vinte e seis anos de vida eu começo a perceber que sim. Essa realmente é uma alternativa que não nos é apresentada, ensinada, ou ao menos mencionada, em nenhum instante da trilha da vida. E o mais interessante é perceber que essa opção não é apenas um sonho de tardes de verão, mas uma possibilidade com chances reais de concretização.

E eu ainda arrisco um palpite, de que uma vez que o primeiro passo em direção à libertação do sistema massivo e destrutivo é dado, adeus à antiga percepção de vida, de existência... adeus valores deturpados, verdades massificadas... adeus concreto e fumaça... bem vinda VIDA.

Uma decisão; e por mais complicada que seja a mudança de hábitos adquiridos durante tantos anos de vida, pois para mim são muitos, afinal, são todos que eu vivi, rsrs, está decidido!


E você... o que pensa?