24 de abril de 2016

Sem promessas

Já era final de abril e um cheiro de flor de maio banhou de colorido a visão do agora
Águas límpidas, dadoras de paz e esperança, cercavam os tracejos dos ponteiros do tic tac
Braços famintos de abraços teus descansaram no fenecer do desejo – posso voar.


Precisaria de tempos para esquecer teus olhos; olhar de primavera e perfume de luar
Mas guardei no peito cada sinete dos dias ao lado daquele que trouxe sorrisos e carinho
Fotografias gravadas nas paredes dos meus papéis e páginas – todas em pétalas de gratidão


E sem promessas, até mais. 




1 de abril de 2016

Ainda existo


Aos ares a palavra que em poesia se vestiu para encantamento
Como aquele que espera a brisa em dias de gélida esperança
E entrega aos ouvintes lampejos repletos de sussurros d’alma.


Desassossego seria a inerte certeza diante da impossibilidade
Donde jamais partiriam os sonhos à procura de suas impressões em fotografias
Ou somente adormeceriam rumo ao infindo prazer do não existir...


Mas no agora os luzeiros se mostram em sorrisos e abraços - como flor
Despertam o desabrochar de sinais que percorrem os ponteiros do tic-tac.
Ainda existo e no peito uma canção irradia amores tecidos por doces mãos.