Já era final de abril e um cheiro de flor de maio banhou de
colorido a visão do agora
Águas límpidas, dadoras de paz e esperança, cercavam os tracejos
dos ponteiros do tic tac
Braços famintos de abraços teus descansaram no fenecer do desejo
– posso voar.
Precisaria de tempos para esquecer teus olhos; olhar de
primavera e perfume de luar
Mas guardei no peito cada sinete dos dias ao lado daquele que
trouxe sorrisos e carinho
Fotografias gravadas nas paredes dos meus papéis e páginas –
todas em pétalas de gratidão
E sem promessas, até mais.