Comecei essa reflexão ao pegar meu celular, que estava carregando, e dar aquela olhada básica para ver se havia chegado alguma mensagem. E ao passar os olhos pelo ícone de uma rede social me assustei com o número de notificações, sendo que há pouco eu já havia dado uma espiada no espaço.
Como boa garota que sou, rsrs, logo verifiquei uma a uma as notificações. Feito isso, outra espiada na time line (que não poderia faltar) e a luz acendeu, e não foi a primeira vez, não somente agora, mas hoje mais uma vez: o que estamos fazendo das nossas vidas? Fotos e mais fotos, textos copiados, satisfação dos instantes vividos sendo prestada aos inúmeros “amigos”, muitas vezes desconhecidos, e o presente se esvaindo como chuva que cai e logo passa.
Na ânsia por aproveitar o agora, por absorver tudo que está acontecendo, por viver a agitação da cachoeira de informações, acabamos perdendo os momentos que brigamos para registrar, onde argumentamos: “esse instante precisa ser eternizado”. Mas esquecemos que nada mais precioso do que o instante que é vivido em sua plenitude, que se eterniza por gerar em nossos corações vida, por marcar com seus perfumes, cores, sons e silêncios, a nossa existência, por oxigenar nossas mentes.
Mais uma vez eu me questiono, e logo lembro de uma matéria que assisti no GNT sobre a realidade das mulheres, prisioneiras, durante a ditadura aqui no Brasil. Pouco se fala sobre esse período tão nebuloso e cheio de quartos escuros e baús abandonados, mas esse debate será em outro momento. Logo minha mente fez um link com o que uma das entrevistadas destacou como sendo o legado que ela deve deixar à atual geração e às vindouras: a reflexão, coerente, verdadeira, sobre a preciosidade que é viver o hoje, aproveitar o presente, amar a família, cuidar daqueles que são nossos, de transformar a nossa realidade e lutar, encarando o agora como a única oportunidade que temos.
E enquanto escrevia esse post, olha o que achei em um blog que acabei visitando sem ter planejado: 18 verdades cruéis sobre os relacionamentos modernos que você vai ter que encarar [http://relatosdeumadiva.wordpress.com/2014/04/11/18-verdades-crueis-sobre-os-relacionamentos-modernos-que-voce-vai-ter-que-encarar/]. Se você puder ler antes de continuarmos, seria magnífico.
E então, de volta, o que achou? Confesso que, mesmo sabendo da nossa realidade, a cada frase meu coração doía, chorava... Como é triste perceber o quanto podemos ser maus, destruir a nossa realidade, e gerar caos quando deveríamos semear vida.
O que eu quero, mais uma vez, com essa reflexão? Fazer com que eu e você pensemos sobre o que estamos fazendo, sobre as nossas escolhas, sobre os nossos planos, projetos e anseios. Quais são os princípios e valores que carregamos gravados no peito, e dos quais não abrimos mão?
Sim, podemos nos libertar! E entender que estamos aqui para gerar vida, para sermos e não apenas existirmos, para semear boa semente, e deixar um legado àqueles que estão chegando e aos que ainda virão depois de nós.
Se eu me faço repetitiva, desculpe, mas é que esse assunto não sai de pauta, é de extrema importância... concorda? Precisamos sim falar a respeito, tentar reagir, mudar o rumo das coisas, pensar um pouco mais... viver.
E a pergunta feita no último post continua: Vamos tentar?