25 de dezembro de 2016

Talvez


Perto...

E aos que se aproximam apenas uma silenciosa inquietação
Falácias e sons se perdem pelos becos e caminhos
A infinitude de corpos que caminham, vazios, aflorados em dor

No perceber de dias que passam sem algum olhar
Solitária espera arrasta os corações ao gélido instante do desencontro
Corpos que caminham, finitos, cheios do só, de pó [poupe-me da sua dó]

Perto, mas ainda distanciados por etiquetas, diplomas e máscaras
Atirados, todos, à mesma arena... faíscas caem e ferem a terra
Apenas um choro, vivo, quente, pulsante, dança dentro d'uma lágrima

Talvez um dia
Talvez amor
Talvez


Foto por Sarah Silva em @umacartaumavida

1 de outubro de 2016

Filha




Ao teu Amor eu canto canções tecidas em tempos de dor e de aconchegos

Onde filetes de esperança pairavam sobre lágrimas navegantes em tormenta

E negro céu escondia o brilho de estrelas dadoras de paz e favos de mel...




Mas no pertencimento de meu coração aos Teus braços a plenitude de uma certeza;

Meu peito reconheceu o pulsar de Tuas palavras como que numa sinfonia

E somente me rendi à esfuziante dança desconhecida e tão familiar – sou filha.
Amou de tal maneira!


Meu Amor


Nem um dia esteve a tua música, da minha pele, distante
Nem um dia da vida minha teu coração não foi o dunga reinante
Nem um dia os dizeres forjados adormeceram no instante.

Em cada verso a inteireza de um coração amante e que pulsa
Em cada verso raios de luz nascidos do sorriso que ao sol beija -  tu'alma usa
Em cada verso o aconchego da mão que afaga a pele e ao caos recusa.

Deixaria eu o tempero dos teus ais e a doçura de tua boca?
Deixaria os singelos desvelos de rosas e timbres, pedras da oca?
Deixaria o hoje ávido por vida e adormecido - louca?

Nem um dia, em cada verso, deixaria...
Meu amor.




15 de julho de 2016

Selo


Os instantes seguintes vieram seguidos de perfume de bem querer
Toda incerteza ganhou novo colorido e a mim soou como timbre de flor
Sinfônica dança que nas palavras repousou e em selo se fez.

Agora meu coração tem o tom da tua voz a soar – tilinta em versos
Chão de madeira e sinete sabor de manga; foi-se a agonia da espera...

A música, nova, é contemplação e brisa nos quartos e salas – flores no quintal.





Manhã


Centelha de vida invadiu o vazio de um quarto sem cor,
Passarela de fotografias rotas e canções silenciosas,
E pintou de poesia os versos abandonados ao caos - guerra.

Sorrateiramente a bruma leve se achegou, um sorriso,
Pétalas cor d'uma tarde de outono cobriram os espaços
Inertes há séculos, prisioneiros do branco reinante - nada.

Pouco a pouco os feixes de luz se fizeram estrela e céu,
Numa chuva de castelos sabor romã e flores maduras - primavera.
Singelezas tornaram o gris em doce expressão da harmonia do nós.

Agora somos, num universo antes infindo, a eternidade,
Trazida pelas mãos do orvalho, que veste as manhãs em seda e mel;
E em sentir o toque do hoje é tecida a paixão - vida - oceano.




24 de abril de 2016

Sem promessas

Já era final de abril e um cheiro de flor de maio banhou de colorido a visão do agora
Águas límpidas, dadoras de paz e esperança, cercavam os tracejos dos ponteiros do tic tac
Braços famintos de abraços teus descansaram no fenecer do desejo – posso voar.


Precisaria de tempos para esquecer teus olhos; olhar de primavera e perfume de luar
Mas guardei no peito cada sinete dos dias ao lado daquele que trouxe sorrisos e carinho
Fotografias gravadas nas paredes dos meus papéis e páginas – todas em pétalas de gratidão


E sem promessas, até mais. 




1 de abril de 2016

Ainda existo


Aos ares a palavra que em poesia se vestiu para encantamento
Como aquele que espera a brisa em dias de gélida esperança
E entrega aos ouvintes lampejos repletos de sussurros d’alma.


Desassossego seria a inerte certeza diante da impossibilidade
Donde jamais partiriam os sonhos à procura de suas impressões em fotografias
Ou somente adormeceriam rumo ao infindo prazer do não existir...


Mas no agora os luzeiros se mostram em sorrisos e abraços - como flor
Despertam o desabrochar de sinais que percorrem os ponteiros do tic-tac.
Ainda existo e no peito uma canção irradia amores tecidos por doces mãos.




29 de fevereiro de 2016

Poesia



Estamos em uma época onde o tempo é fracionado, negociado, onde as pessoas, em sua maioria, desconhecem o que é calmaria, equilíbrio, paz... O descontentamento e inquietude transformaram as horas em multiplicadoras da ansiedade...

E me parece que a simples tentativa de semear a possibilidade de plenitude de dias é capaz de causar alvoroço e indignação aos que correm com a maré...

Mas a cada passo que eu dou e olho para o céu, sou presenteada com um revestimento de esperança e tenho aumentada a minha fé em cada Palavra que Ele nos deixou; a construção do significado de abundância e sucesso vai tomando forma no meu coração, colorindo a minha alma... a verdadeira noção de prosperidade tornando habitados os quartos ainda vazios... a manifestação do AMOR alterando cada partícula das dimensões do ser. Sou habitação!

Automaticamente a minha percepção de vida vai sendo transformada, uma mudança de mentalidade, o alcance da razão é renovado, a flexibilidade em relação a paradigmas petrificados pela esmagadora rotina renasce...

Mas qual a intenção dessa que escreve a você? Apenas divagando sobre existência e realidade de dias?

Essa noção de possibilidade de um novo estilo de vida é um convite a você! Se permita ser alcançado e abraçado pelo Amor...

Revolução: JESUS CRISTO

Há uma poesia que ecoa do céu...
Se permita enxergar e ser ministrado por ela!




4 de fevereiro de 2016

Amor... amar... amemos!

A cada dia que passa ampliamos nossa capacidade de reinventar as expectativas, os sonhos e esperanças - nos refazer. Uma dádiva!

E em meio a esse crescimento, como parte do caminho, algumas vezes vagalumes aparecem e pintam o breu, e logo imaginamos se tratar da tal luz eterna que cintilará cada um dos espaços, mas depois do tic tac é desfeito todo e qualquer brilho (ainda tenho as estrelas).
Num piscar de olhos as opções se desnudam ante os olhos e à alma: podemos prosseguir ignorando a poesia que ecoa do respirar, ou talvez desfazer a crença em dias melhores; desfazer os abraços e enjaular os sorrisos... Talvez pareça ser o caminho mais acertado, a resposta mais justa. Mas a grande verdade de que somos feitura do Amor, seres vestidos de humanidade, impede nossos passos de rumarem ao gélido quarto da amargura e descrença.

Ainda que sufoquem (tentem) alguns sorrisos, ou militem a apagar os afagos do Amor que pulsa, PROSSIGAMOS.

PROSSIGO!


Amor... amar... amemos.