Alguns
anos atrás muitos questionamentos começaram a brotar... acerca de quem eu
realmente sou, do que gosto, de como a construção do meu caráter se deu, no que
realmente resultou todo o processo de vida.
Nesses
meus 27 anos, quase 28 (hihihi, nem acredito, quase 30), tantas lâmpadas foram
acesas por tantos que talvez nem façam ideia da relevância que tiveram na
formação desse eu que agora está aqui. Muitas lágrimas, quanta incerteza,
sempre infindo o transitar veloz dos pensamentos, percepções, diversas
construções da realidade no meu universo racional...
E
não é que nesse caminho eu pude encontrar dentro de mim o tracejado de um eu
que, apesar de em constante aperfeiçoamento, tinha uma identidade real, viva,
pulsante. Fui descobrindo uma mulher forte, completamente sensível, racional,
idealizadora, com tanta fé, sedenta por vida, apaixonada pelo Dador da Vida,
com sorriso de menina, intensa...
Sim,
essa sou eu... amadora na arte de se descobrir, que busca os tais passos firmes
rumo ao futuro tão sonhado, cheio de cores, tardes gris, preto e branco, folhas
ao vento, quintais, palavras dançantes e algumas escondidas nos cantos e
baús... Uma mulher orgulhosa de sua origem, grata por suas raízes, pelos dias e
dias ouvindo valsas, Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga, Roxxete, Nazareth, Caetano
com seus caracóis, Alcione nossa “Marrom”, The Stylistics, Simply Red... Michael
Jackson com toda sua genialidade, The Manhattans, Bee Gees (S2), Tião Carreiro
e Pardinho, Chitãozinho e Xororó, Zé Ramalho, Alceu Valença, Gilberto Gil, Elvis
Presley, Pholhas, Bob Marley, Martinho da Vila, Jimmy Cliff, Tom Jobim, João
Gilberto, Ney Matogrosso, Secos e Molhados... sempre no eterno e tão amado
vinil. Muito outros... mas esses são os que me lembro agora.
Amei
descobrir meus cachos (meus caracóis), minha negritude, minha paixão pela
cultura indígena, minha sede por escrever um livro, a vontade imensa de colecionar
máquinas de escrever e máquinas fotográficas, de viajar pelo Brasil e descobrir
as belezas de cada cantinho, e nesse passear comprar quantos discos puder...
hehe... enfim...
E
agora estou aqui, falando sobre mim, me descobrindo ainda mais, querendo viver
os #100HappyDays por todos os meus dias, os #30DiasMeAmando por todos os meses
que virão... tecer minha história de paixão que nasceu do maior gesto de Amor
possível (Jesus), amar como se não houvesse amanhã. Parece clichê? Talvez seja,
“mas os clichês também são verdades”, como disse Adriana Rossatti.