31 de maio de 2018

Numa noite qualquer chamada ontem



O vazio invadiu meu silêncio com voraz inquietude

Gotas de desfiladeiro sussurraram à lua

Tonéis rotos foram casa ao elixir da vida;

Virtude posta como lar do cancioneiro perdido

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27 de maio de 2018

Um som novo...

Alguma avaria se escondia nas pequenas brechas que deixavam escapar um certo desencanto e escassez de amor
Houvera dias em que a tez da perfeição estivera adormecida, nenhum som emanava do fundo da caverna
Apenas seres humanos e imperfeitos em toda beleza e caos ocupavam os espaços e cultivavam pequenos jardins

Mas o coração, desprendido, se deixou embriagar pela possibilidade inócua de uma imagem manipulada de instantes idos
A música brotava do interior da gruta com sutileza e olhar desejoso por almas carentes de atenção e a tal alegria desenhada em alguns rascunhos
Notas frutadas agradeciam a aproximação tímidas dos alguns curiosos e d’outros convidados trajados de solidão e vazios

A próxima cena? Continua...



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26 de maio de 2018

Muito tempo depois...

Tanto tempo depois, e o meu coração apontou para cá, para esse compartilhamento.

Na verdade não imagino quem vai ler esse texto, quem vai se interessar por esta porta que dá acesso direto para o meu quintal, para o jardim pequeno que estou fazendo e a uma aconchegante rede (meu xodó).

Mais de um ano sem pisar nessa terra, sem tocar nessa trilha, mas não sem escrever, isso é quase que impossível, afinal faz parte da minha essência, os textos para expiar minh'alma, para afagar o tic tac das horas que escorrem por entre os instantes.

Muitos dos meus escritos estão no Instagram (@umacartaumavida e @sarahagsilva), compartilhados em conjunto com algumas fotografias que meus olhos enxergam por aí. O primeiro perfil todo em preto e branco, carregado pelo colorido do perfume do cotidiano, e o segundo com o gris e profundidade do meu olhar sobre mim, inclusive, com o tempero da cartela de giz - luz do sol.

Bem, então declaro iniciada a temporada de textos por aqui, o retorno daquela que nunca esqueceu da precisão da incerteza da vida, uma carta em confecção, uma folha em branco ávida pelo encontro com o destino, a tinta que como sangue irriga os cômodos da alma.

Até mais!


"mar e sol, gira, gira, gira, girassol"