9 de setembro de 2023

Apenas o hoje!


Retornar às ambiciosas e ingênuas curvas de uma estrada infinda

Numa dança criada pela voracidade d'um peito que pulsa e grita por ar

Rascunhando, em cada olhar, uma fotografia que inexiste a todos os outros


Seria sina o pertencimento roto, craquelado pela ação dos nós e feridas d'alma?

Pouco restou do reflexo entranhado nos espelhos e telas desenhadas nas paredes;

Janelas entreabertas pouco revelam...


E de tudo que restou ouviu-se notas simpáticas, vestidas em brisa e sussurros solenes;

Cada silêncio uma feitura dos passos que desenrolaram os cantos dos quintais em flor.

Nenhuma gota de ar nas pausas paridas em vida - hiato.


Apenas o hoje!