e serenou
o mar acolheu suas agruras
apalpou cada retalho de dor
esculpiu asas - mármore e corais
lentamente encharcou de tempestade o peito
amante o que se era, amante ainda se é
preta tez enegrecida por olhares uns
coisa de pele saltada aos olhos outros
e na caminhada gentil seus pés lavam a alma
sal e sol no acarinhar do peito que ainda sorria - sorri
não num fingir de alegria das estampas e brocados midiáticos
e sim no reluzir do coração que agradece e saúda a vida
com bordado em fios de ouro: ser quem se é
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